Ontem, dia 31/03, a FABHAT foi ao CREA-SP para formalizar e assinar o Acordo de Cooperação Técnica de ação conjunta para o intercâmbio de informações cadastrais e de fiscalização de poços de captação de água subterrânea, no âmbito dos municípios inseridos na bacia hidrográfica do Alto Tietê.
O evento contou com a presença do Diretor-Presidente da FABHAT, Hélio Suleiman, do Presidente do CREA-SP, Vinicius Marchese, do Presidente do CBH-AT e Prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi e do Coordenador de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, Rui Brasil Assis.
Este acordo tem como objetivo reduzir o índice de ocorrências de poços irregulares através de troca de informações cadastrais relativas à gestão de recursos hídricos, fiscalização do correto cumprimento do exercício legal dos profissionais nos serviços e obras relacionadas com a perfuração e execução de poços artesianos, promoção de eventos e atividades de capacitação para orientação e aperfeiçoamento profissional, dentre outras ações.
Em seu texto, Hélio destacou:
“De acordo com a Organização Meteorológica Mundial, a crise global de água é iminente. Em 2018, por exemplo, 3,6 bilhões de pessoas no mundo tiveram acesso inadequado à água ao longo de um mês. Em 2050, é esperado que esse número passe de 5 bilhões de pessoas.
A agenda 2030 da ONU que trata dos ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) afirma, de forma categórica e inequívoca, que “Os recursos hídricos, bem como os serviços a eles associados, sustentam os esforços de erradicação da pobreza, de crescimento econômico e da sustentabilidade ambiental. O acesso à água e ao saneamento importa para todos os aspectos da dignidade humana: da segurança alimentar e energética à saúde humana e ambiental”.
A bacia hidrográfica do Alto Tietê, na qual a Agência exerce o papel de braço executivo, é sem dúvida uma das bacias hidrográficas de maior complexidade em razão de suas características demográficas, socioeconômicas e naturais. Com mais de 20 milhões de habitantes, exibe condição extremamente crítica quanto à disponibilidade hídrica.
Diante dessa contextualização, esse termo de cooperação técnica é muito mais do que um termo de troca de informações, mas representa o cuidado com nossas águas subterrâneas. Quem ganha com essa cooperação? A sociedade, pois a fiscalização e a promoção de campanhas de conscientização, realizadas pelo CREA-SP, contribuem para a redução dos riscos associados às más práticas em captações subterrâneas.”